terça-feira, 14 de agosto de 2012



Até a pé nós iremos
        O gaúcho e gremista, Lupicínio Rodrigues, um dos maiores compositores brasileiros, tinha algumas paixões em sua vida: a música, os bares, as mulheres e o Grêmio. Foi de sua autoria a letra e música do Hino do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, inicialmente chamado de “Marcha do Cinquentenário”.
“Eu fiz este hino sentado num boteco na Praça Garibaldi, tomando uma birita.” – relatou o compositor. Havia uma greve dos condutores de bondes de Porto Alegre e, assim, os gremistas foram a pé para o estádio, em uma tarde de 1953.
        A “Marcha do Cinquentenário do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense”, com letra e música de Lupi, orquestração do maestro Salvador Campanella, foi gravada pelo cantor Silvio Luiz, acompanhado pela orquestra do maestro Rui Silva. A música invadiu as ruas, os estádios e os corações tricolores, e o clube acabou adotando a a obra de Lupi como o Hino Oficial do Grêmio FBPA. Seu refrão é reconhecido em qualquer lugar:



O mascote e o lema
        O mascote do Grêmio foi criado em 1946, pelo chargista Pompeu (do jornal Folha da Tarde). O Mosqueteiro simboliza a união e a bravura com que os gremistas se entregam à disputa, seguindo o espírito de “um por todos e todos por um”, como os mosqueteiros do romance de Alexandre Dumas.
Sua primeira aparição foi em forma de boneco, com seu desenho baseado na figura de um folclórico diretor gremista, o barrigudinho Francisco Maineri. Com o boneco, também foi levada ao estádio uma faixa com a frase criada pelo organizador da torcida gremista, Salim Nigri: “Com o Grêmio, onde estiver o Grêmio”. A frase se tornou lema do clube e mais tarde inspirou Lupicínio Rodrigues na composição do hino.
Ainda em 1946, uma época em que a torcida do clube crescia e se popularizava, foi fundado pelo o jornal “O Mosqueteiro”, que ajudou a consolidar a idéia do mascote. A partir de então, o Mosqueteiro tornou-se mascote do Grêmio e, com o passar dos anos, ganhou diversos redesenhos até chegar à forma atual.

Nada pode ser maior

        A história já colocava o clube entre os grandes, mas foi nos anos 80 o momento em que o Grêmio definitivamente selou seu nome entre os maiores do Brasil e do mundo. Uma das fases mais vitoriosas de sua vida esportiva começou com a primeira grande conquista nacional, o Campeonato Brasileiro de 1981, derrotando o poderoso São Paulo em sua casa, com um golaço de Baltazar, o “Artilheiro de Deus”.
        Em 1983, o Tricolor trilhou os caminhos tortuosos da América em busca de sua consagração internacional. Entre os adversários batidos na disputa da Taça Libertadores estava o Flamengo de Zico, Bi-campeão brasileiro. Mas foi contra os argentinos do Estudiantes que sua alma castelhana e guerreira marcou história. O Grêmio encarou a sangrenta “Batalha de La Plata”, e, correndo risco de morte numa verdadeira guerra contra jogadores, policiais e torcedores, garantiu o empate na casa adversária e a passagem para as finais.
        O último a ser batido era o Penharol, que trazia os títulos de Campeão da América e do Mundo em 1982. Em Montevidéu, um empate manteve as chances iguais para a final. Em Porto Alegre, saiu em vantagem no primeiro tempo, mas cedeu o empate no segundo. Os uruguaios já ameaçavam a virada quando, Renato Portallupi, em um lance genial levantou a bola com um balãozinho em direção à área, para César cabecear para as redes. Enquanto o Olímpico estremecia, El capitán Tricolor, o uruguaio De León, levantou a taça banhado em sangue, como um guerrilheiro.
        Depois da grande festa, o Grêmio passou a se preparar para o jogo mais importante de sua história. No final do ano, o adversário seria o Hamburgo, em Tóquio. O Campeão Europeu, que havia vencido a grande Juventus do craque Platini, era base da Seleção Alemã, Bicampeão do país e chegou arrogante a Tóquio, com pose de favorito.
        O jogo começou tenso, com muitos erros nos passes, e o gramado seco dificultava o toque de bola, da maior qualidade técnica gremista. Aos 37 minutos, Renato recebeu a bola na direita, driblou a marcação e chutou cruzado, marcando um golaço. Dali até o fim do tempo regulamentar o nervosismo e a tensão aumentavam. E foi a 5 min. do fim, no único momento que Renato esteve fora (com câimbras), que Schröeder, seu marcador, foi ao ataque e numa bola levantada na área, conseguiu empurrar para as redes. Eram 40 minutos do segundo tempo. Mas logo aos 3 minutos da prorrogação, novamente brilhou a estrela de Renato (que se tornava ali o maior ídolo da história do clube). Ele recebeu na área cruzamento vindo da esquerda, dominou com o pé direito, driblou a marcação e chutou com a outra perna, no canto do goleiro Stein. Grêmio 2x1, Grêmio Campeão Mundial! A Terra era azul!
        No caminho de volta, ainda houve fôlego para conquistar a Copa Los Angeles, nos EUA, sobre o América do México. A chegada do Grêmio a Porto Alegre inaugurou a comemoração de títulos em caminhão de bombeiro. Os jogadores foram transportados até o Estádio Olímpico, o ponto de encontro. As ruas de Porto Alegre foram palco da festa da maior conquista de um clube gaúcho. Nada pode ser maior!
        Ainda naquela década, o Tricolor venceu alguns dos mais prestigiados torneios internacionais na Europa, e garantiu seu segundo Hexacampeonato Gaúcho, numa sequência iniciada em 1985. A década dourada encerrou com chave de ouro, com a conquista invicta da 1ª Copa do Brasil, em 1989, e do Supercampeonato Brasileiro, em 1990, onde superou o Campeão Brasileiro, Vasco da Gama

A transformação do clube até o Olímpico Monumental

        Os anos 40 representaram um período de transição, por conta da profissionalização do futebol brasileiro. O Grêmio, muito ligado aos ideais do amadorismo, demorou a se adaptar ao novo contexto do esporte. Foi durante a presidência de Saturnino Vanzelotti, entre 1948 e 1954, que ocorreram as transformações fundamentais para a continuidade do clube. Ainda no primeiro ano de sua gestão, em 1949, o Grêmio reconquistou a hegemonia no futebol regional, além de levar a equipe a sua primeira grande excursão ao exterior. O clube voltou a colocar seu nome em destaque, ao bater o poderoso Nacional de Montevidéu (base da Seleção Uruguaia campeã de 1950), por 3x1, durante os festejos dos 50 anos da equipe uruguaia. Seguindo o exemplo dos hermanos, o tricolor seria o primeiro clube de fora do Rio a jogar e vencer no Maracanã recém inaugurado, com um 3x1 sobre o Flamengo, em 1950.
        Neste período, excursões ao exterior projetaram de forma marcante o nome do Grêmio, em meio ao processo de internacionalização do futebol. O caminho foi aberto por uma excursão invicta à América Central, em 1949. Em 1953 e 1954, o Grêmio repetiu o sucesso em suas visitas pelo México, Equador e Colômbia, completando o que foi chamado “a conquista das três Américas”.
        As exigências do profissionalismo aceleraram as mudanças e as viagens bem sucedidas afirmavam novas convicções: era preciso um estádio maior e mais moderno para acomodar seus torcedores, para recepcionar as grandes equipes do país e do exterior, e para atender às novas exigências de preparação e treinamento do time. Durante os anos que esteve à frente do clube, Saturnino comandou a construção do Estádio Olímpico. No dia 19 de setembro de 1954, o jogo inaugural foi realizado entre Grêmio e Nacional de Montevidéu, com vitória de 2x0.
        O novo estádio representava a renovação pela qual o Grêmio havia passado nos últimos anos e os bons frutos estavam prestes a ser colhidos. Uma safra grandes de jogadores chegou ao clube. Com histórico Foguinho no comando técnico do time, o Grêmio formou uma de suas melhores equipes na história, marcando um momento de afirmação de sua identidade. O futebol de força e objetividade que caracteriza o Grêmio foi forjado nos anos onde o comando exigente do “Seu Rolla”, impôs inovações no preparo físico e na tática. Com ele, o Tricolor conquistou o pentacampeonato Gaúcho, de 1956 a 1960. Após sua saída em 1961, a herança indelével de seu trabalho garantiu o Heptacampeonato Gaúcho, de 1962 a 1968, somando 12 campeonatos estaduais, em 13 disputados.
        As competições oficiais que extrapolavam as fronteiras regionais começaram a ganhar maior importância nesta época. Em 1962, o Grêmio foi Campeão Sul-Brasileiro invicto, seu primeiro grande título. Longas excursões levaram o Grêmio à Europa, em 1961 e 1962, elevando ainda mais seu nome. Em 1968, o clube foi Campeão Invicto da Copa Río de La Plata, seu primeiro título internacional oficial.
        Com destaque no cenário nacional, o Grêmio contribuiu com vários atletas no Selecionado Brasileiro. Alcindo, o maior goleador da história tricolor, foi indicado por Pelé, para jogar ao seu lado na Seleção, onde disputou a Copa do Mundo de 1966. Em 1970, o lateral Everaldo se tornou o primeiro jogador de um clube gaúcho, a ser Campeão Mundial com a Seleção Brasileira. No seu retorno à Porto Alegre, foi recebido como herói pelo povo, que tomou as ruas para festejá-lo. Uma estrela dourada foi colocada na Bandeira oficial do clube, para homenageá-lo.
        Na segunda metade dos anos 70, uma grande campanha entre os torcedores gremistas, liderada pelo presidente Hélio Dourado, arrecadou recursos para a conclusão do andar superior do Estádio Olímpico. As obras duraram cerca de 4 anos, até a reinauguração, no dia 21 de junho de 1980, com o nome de Olímpico Monumental. Novamente o clube passou a ter o mais moderno estádio particular do país, com inovações só encontradas nos melhores estádios da Europa.
        O feito esportivo da década foi a reconquista do Campeonato Gaúcho, em 1977. A final foi um Gre-Nal dos mais conturbados e marcantes da história, culminando numa vitória tão inesquecível quanto o gol da partida, marcado por André Catimba. O título marcou o começo de uma nova era no clube, o início de uma grande virada. De forma predestinada, aquela conquista, as vitórias no Gauchão de 79 e 80, e a conclusão do estádio Olímpico Monumental, prepararam o Grêmio para conquistas maiores.

História do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense

Futebol Porto-Alegrense

        Grêmio: associação ou união de um grupo de pessoas em torno de um mesmo ideal ou objetivo.


        No início do século XX, o futebol vinha aos poucos se tornando conhecido no país, semeado por viajantes que levavam a novas fronteiras, suas rudimentares e valiosas bolas de couro. Foi justamente um destes desbravadores, o paulista Candido Dias, quem apresentou a primeira bola de futebol à Porto Alegre. A novidade logo despertou curiosidade e uma turma de amigos se formou em sua volta. Muitos fins de semana se estenderam na convivência daquele grupo, em piqueniques e na prática empírica do esporte.
        Até que, no feriado de 7 de setembro de 1903, dois quadros de atletas do Sport Clube Rio Grande (cidade portuária e, não por acaso, o clube mais antigo do Brasil) vieram à cidade para uma demonstração, uma ótima oportunidade para os porto-alegrenses aprenderem mais sobre o esporte. O público lotou o campo improvisado para a apresentação e vibrava com as jogadas. Até que, para decepção geral, a bola murchou. Quando todos pensavam que a festa estava terminada, Candido ofereceu sua bola para que a partida terminasse. Após o jogo, ele e o grupo de amigos puderam confraternizar com os jogadores, que lhe explicaram detalhes do esporte e principalmente, o que era necessário para fundar um clube.
        Entusiasmados com o que haviam aprendido, uma semana depois, ao entardecer do dia 15 de setembro de 1903, 31 rapazes se reuniram em um restaurante no centro da capital e escreveram a ata de fundação, que depois seria assinada por todos os presentes. Naquele momento, iniciou-se a trajetória de um clube vencedor. Carlos Luiz Bohrer foi eleito o primeiro Presidente, sem imaginar a projeção que o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense alcançaria.

terça-feira, 10 de julho de 2012

               
Agora sim os torcedores do Grêmio passaram a se entusiasmar. Falei na semana passada que torcedor vive de emoções, e também de sonhos. Agora depois de já ter recebido o Elano, o torcedor do Grêmio já sonha com outra possibilidade: RIQUELME.
E eu que escrevi aqui ainda no domingo a noite que Ganso viria para o Internacional e que Oscar estava indo para o Chelsea e não para outro clube como se vinha anunciando, digo agora: Riquelme pode sim vir para o Grêmio e o sonho pode e eu até diria, deve se tornar realidade. Os primeiros passos neste sentido já estão sendo dados.
Ai sim, o Grêmio passaria a ter o meio-campo que eu falava ontem aqui no blog: Fernando, Elano, Zé Roberto (como terceiro homem e não quarto) e Riquelme. O Argentino, ídolo do Boca seria o homem da criação , para deixar os atacantes na cara do gol, o que agora não acontece.
Zé Roberto depois de ser lateral, sempre foi segundo ou terceiro de meio-campo e não o pensador, o criador do setor. Mas a noticia que quero dar para os Gremistas é essa: Sonhem a vontade, mas sonhem com o olho aberto, Riquelme, ídolo Argentino pode estar a caminho do Olímpico…

imortal tricolo

http://p2.trrsf.com.br/image/fget/cf/619/464/img.terra.com.br/i/2012/07/10/2424675-9381-rec.jpg                         

elano

 e o novo reforço do gremio que tentara ganhar o campeonato brasileiro